Autor

Paulo

 

Data

20 de Outubro de 2013

 

Secção

Policiário [1159]

 

Competição

Campeonato Nacional e Taça de Portugal – 2013

Prova nº 7 (Parte II)

 

Publicação

Público

 

 

Solução de:

A MORTE DA CABELEIREIRA

Paulo

 

A hipótese certa é a B – Arnaldo matou a namorada

1. Para chegar a esta conclusão contribuem três pormenores que mostram que Arnaldo mentiu.

a) Se ele conhecia bem os hábitos da vítima, sabia que esta saía de casa um pouco antes das oito e meia. Não se compreende que fosse a essa hora que ele lá chegasse para falar com ela, correndo até o risco de já não a encontrar.

b) É incompreensível que ele saísse de casa para chamar a polícia quando tinha um telefone à mão. Seria mais fácil, telefonar. Arnaldo ia a fugir após ter cometido o crime, e ao ser apanhado por Manuela improvisou uma história.

c) Finalmente, temos que localizar a história no tempo. Vinte anos depois do 25 de Abril, remete para o ano de 1994, e o dia a seguir à noite de S. João é o próprio dia de S. João, 24 de Junho. Nesse dia houve o bloqueio da ponte sobre o rio Tejo, a partir das 6 horas e 55 minutos, como se pode ler na imprensa da época, e à hora a que Arnaldo diz que apanhou o autocarro já este não poderia passar na ponte. Logo, Arnaldo não dormiu em casa nessa noite.

2. Arnaldo terá ficado em casa de Luísa e de manhã, por motivo de qualquer discussão, provavelmente dinheiro, matou-a. Ao tentar fugir, encontrou Manuela e o resto já é conhecido.

3. Quanto a Manuela, o tempo que demorou de sua casa até à casa da amiga, pode ser explicado pela avaria no carro. Não havendo nada que prove o contrário podemos acreditar na sua história.

4. No que se refere a Luís Almeida nada indica que ele possa estar a mentir.

© DANIEL FALCÃO