Autor

Paulito

 

Data

15 de Janeiro de 1986

 

Secção

Mistério... Policiário [460]

 

Competição

Torneio Policiário "Iniciados"

Problema nº 1

 

Publicação

Mundo de Aventuras [567]

 

 

O MORTO ESTAVA NO SOFÁ…

Paulito

 

O inspector Cardoso tinha sido chamado àquela vivenda, porquanto, o dono, tinha sido encontrado morto num sofá… Assassinado!

Viviam com o morto, rico e velho industrial, um sobrinho e o mordomo.

Dissemos que o morto fora assassinado, pois tinha uma faca cravada nos costas, um pouco abaixo do ombro esquerdo, e estava encostado ao sofá…

O inspector viu tudo aquilo, tomou apontamentos e depois, ouviu em declarações os dois residentes do solar, naquele momento…

Carlos (o sobrinho): – Estava a ler no meu quarto quando ouvi o mordomo correr a subir as escadas e chamar-me para me informar que o meu tio estava morto, com uma faca cravada nas costas…

Silvestre (o mordomo): – Entrei aqui, como sempre o faço antes do jantar, para dar um comprimido ao senhor Belchior. Vi o meu patrão com a cabeça caída para a frente, com o queixo a bater no peito e, ao aproximar-me verifiquei que aparecia o cabo de uma faca nas costas e estava a fazer pressão nas costas do sofá. Chamei-o, e nada… Pousei a bandeja, na mesinha… Peguei-lhe no pulso e achei que nada havia a fazer… Depois, a correr, fui logo chamar o senhor Carlos, sem mexer em mais nada… O senhor Carlos veio… Verificou que também nada havia a fazer… E chamámo-lo. Aliás, fui eu quem telefonou a pedido do senhor Carlos… E não se mexeu em nada!

O inspector tomava apontamentos, transpirava e isso sugeriu-lhe algo fresco que mediu, «se não se incomodassem»

E o mordomo, a um olhar do sobrinho do morto, assim fez… e quando regressava, ao entrar à porta da sala, com uma cerveja e um aperitivo e respectivos copos e garrafas numa bandeja, foi surpreendido pelo inspector, voltado para eles que dizia muito calmamente empunhando uma pistola: – Ponha as mãos no ar, e não se mexa!…

Carlos e o mordomo ficaram estáticos, quase de boca aberta pela estranha ordem acompanhada por aquele não menos estranho gesto e, no meio de um carregado silêncio, um deles, lentamente, sem mexer os pés tal como o inspector tinha pedido, levantou os braços… E o outro também não se mexia…

 

E o Paulito termina assim: – Aqui acaba a 1ª parte da minha história, que todos vocês irão completar dizendo porque razão o inspector tomou aquela atitude, devendo explicar e porquê. Isto é: – Fazendo perguntas, como habitualmente, vocês podem responder:

 

1º – Há crime. Quem achas que matou?

2º – Porquê? Agora explicas o que te levou «a escolher» o «teu criminoso». Mas explica bem a tua opinião.

 

SOLUÇÃO (não publicada)

© DANIEL FALCÃO