Autor Data 5 de Maio de 1995 Secção O Detective
- Zona A-Team [237] Competição Problema nº 1 | Convívio da Amadora Publicação Jornal de Almada |
Solução de: ROUBO NA LINHA DE SINTRA – A «TPLS»
INVESTIGA! L. P. Naturalmente
que o responsável pelo roubo foi o “Maneta”. Razões que nos conduzem a essa
conclusão: –
Há um cão de guarda que percorre todo o perímetro da mansão, o que, desde
logo, inviabiliza a entrada de um estranho; –
Depois, um estranho não teria tempo disponível para procurar jóias ou outros bens, se toda a cena se tivesse passado
como o “Maneta” disse, ou seja, que logo que ouviu o vidro a partir e o
alarme a soar, correu pela casa até ao escritório; –
Havia alarme em todas as janelas, que apenas terá sido accionado
com o partir do vidro da janela. Ora, aqui há duas situações a referir: 1
– Os vidros estão espalhados no exterior do escritório, o que indicia que o
vidro foi quebrado com violência, de dentro para fora e não como o “Maneta”
pretende fazer crer; 2
– A chuva era puxada pelo vem-to sul contra a janela do escritório, o que fez
com que o Afonso fosse a correr verificar se a tapeçaria estava intacta,
antes de sair de casa. Portanto, como choveu sempre até ao momento do
regresso do Afonso a casa, o vidro não podia ter sido partido há 15 minutos,
como referia o “Maneta”, porque nesse caso teria entrado água da chuva pela
janela partida, o que sabemos não ter acontecido, porque uma folha de papel
higiénico, portanto altamente absorvente, não poderia ser esfregada em todos
os sentidos e no fim suportar perfeitamente o parafuso, sinal evidente que
não encontrou qualquer humidade no seu caminho. Resumindo,
o “Maneta” arquitectou toda a cena, fazendo
antecipadamente as pegadas e preparando a cena para o “grande final”, tendo
escondido as jóias. Apenas no fim, já com o Afonso
no perímetro da casa e sem chuva, procedeu à quebra do vidro da janela,
disparando o alarme, simulando o roubo de fora para dentro… Só não terá
contado com o fim da chuva e… Com a TPLS, claro
está! |
© DANIEL FALCÃO |
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