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Autor Data 11 de Março de 1989 Secção Sábado Policiário [166] Competição Prova nº 3 Publicação Diário Popular |
Solução de: NO SILÊNCIO DA NOITE Eureka José
Fialho errou. O criminoso não foi o «Pantufas» mas sim o guarda-nocturno.
No
problema diz-se que o alarme não soaria porque a porta não tinha sido arrombada,
logo não soaria mesmo que houvesse electricidade, o
que não acontecia, e punha de parte essa possibilidade. Assim, como podia o guarda-nocturno dizer que não tinha ido investigar porque
o alarme não soara, se ele próprio tinha dito que faltava a luz nesse momento?
Se estivesse inocente devia ter ido investigar, porque o alarme nunca soaria
sem electricidade. Ao
afirmar que vira um vulto, que parecia o «Pantufas», graças ao luar, o guarda-nocturno incrimina-se, pois em dia de Lua Nova não
há luar, como aconteceu nesse dia 10 de Novembro de 1988. Ele
tinha a chave da ourivesaria, como guarda-nocturno,
e comprova-o ao afirmar que pensou em ir dentro do estabelecimento. Desconhecendo
as horas a que se deu o assalto, o guarda-nocturno
retirava ao «Pantufas» a hipótese de apresentar um álibi para uma hora
determinada. A
posse da chave da ourivesaria justifica a ausência de sinais de arrombamento.
Fechando a porta ao sair, evitava que o crime fosse descoberto antes da manhã
seguinte, dificultando ainda mais o estabelecimento da hora exacta do assalto. |
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© DANIEL FALCÃO |
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