Autor

Alpha Dauphin

 

Data

1 de Novembro de 1985

 

Secção

Mistério... Policiário [455]

 

Competição

Torneio “Dos Reis ao S. Pedro” - 83

Problema nº 6

 

Publicação

Mundo de Aventuras [562]

 

 

Solução de:

A SEGUNDA MORTE EM CINCO ANOS NA VIVENDA JÚLIA

Alpha Dauphin

 

1 – A D. Joana Fonseca.

2 – Contra o facto de o arsénico ter sido colocado no jantar, portanto, pela criada ou pela cozinheira, há um factor importante: não seria apenas uma a pessoa que ingeriria o veneno.

No problema afirma-se que o arsénico foi administrado provavelmente durante o jantar, o que não quer dizer que não tenha sido administrado depois do jantar, portanto, nas bebidas que os presentes tinham ingerido depois do jantar, neste caso, o Francisco Correia bebeu um chá. Esse chá poderia não ter um gosto muito bom, admitindo que continha arsénico, mas não nos podemos esquecer que já antes de beber o chá, o Francisco Correia se sentia mal, portanto, decerto ele tinha o mau gosto na boca, característico das indisposições estomacais, daí que não poderia saborear convenientemente o chá.

Partindo deste princípio, verifica-se que a única pessoa que poderia envenenar o chá era a Joana Fonseca, quando foi procurar as bebidas e encontrou a criada, criada que foi buscar o chá e depois a colher, mas da segunda vez, pousou a bandeja. Aí surgiu a oportunidade «de bandeja» para a Joana Fonseca, que nessa altura colocou o arsénico no chá.

Ela sé se enganou num pequeno pormenor, ela pretendia envenenar o marido (uma vez que o chá lhe era destinado) e não o irmão, mas quando estes efectuaram a troca das bebidas, ela estava na cozinha e não pôde fazer nada para impedir a troca.

Um ponto que temos de admitir é que a Joana Fonseca estava munida do veneno e só esperava uma oportunidade para envenenar o marido.

© DANIEL FALCÃO