I TORNEIO POLICIÁRIO

“PORTUGUÊS SUAVE”

SIMPLEX

 

 

 

 

Regulamento

Problemas

Problema nº 1

Problema nº 2

Problema nº 3

Problema nº 4

Problema nº 5

Problema nº 6

Problema nº 7

Problema nº 8

Problema nº 9

Problema nº 10

Problema nº 11

Problema nº 12

Resultados

Classificação Geral

 

 

 

SOLUÇÃO DO PROBLEMA Nº 6

PAIXÃO ASSASSINA | De: MDV (compilação editorial)

O Inspector constata que a caligrafia da carta, que Nazário lhe mostrou, se inclinava muito para a esquerda e a tinta da carta estava esborratada, indícios de como se tivesse sido escrita febrilmente, com presença de suores ao momento e, possivelmente por uma pessoa canhota. Também a análise do grafólogo que Nazário poderia mostrar ao Inspector que a carta tinha sido escrita por uma pessoa fria, sem carácter, calculista e muito mais … presume-se isso!

A arma do crime tinha sido encontrada do lado esquerdo de Helena, o que significa que era provável que o assassino tivesse usado a mão esquerda para a espancar. Helena estava a segurar a espátula com a mão direita, o que para o Inspector era sinal de que seria destra. As suas suposições estavam correctas: o NOVO namorado de Helena era canhoto e fora ele que escrevera a carta a Nazário, para tentar mantê-lo longe de Helena. Quando mais tarde ouviu a voz amigável de Nazário no atendedor de chamadas, o assassino ficou convencido que Helena estava a traí-lo, e por isso, matou-a num ataque de ciúmes. E depois armou uma cilada a Nazário.

Também torna-se claro se a Helena tinha um NOVO namorado, e tudo aponta que sim, este obviamente deveria ter participado a ocorrência, já que a visitaria regularmente, mas se não o fez torna-se claro foi ele que a matou, não voltando mais à casa, depois do ocorrido, esperando então que alguém aparecesse, o que levou alguns dias a acontecer...!

Convém ainda salientar que numa descrição sumária do estado em que a casa se encontrava, não é referida qualquer menção a haver telefone, mas se Nazário disse que ligou várias vezes e que deixou até mensagem no atendedor, torna-se óbvio que o Inspector confirmou isso durante a investigação … logo seria um tremendo absurdo se não houvesse mesmo telefone e Nazário o tivesse mencionado, até porque ele garante com firmeza ter feito várias chamadas até e deixado mensagem. Tudo isto teria sido confirmado pelo Inspector e ai os seus juízos sobre o ocorrido.

 

NOTA:

Para este problema e, porque houve supostos intervenientes, na narração, “ausentes”, foi tomada a opção de se reavaliar as pontuações, o que é perfeitamente justo, não havendo assim a pontuação única de presença (5 pts.), sendo esta automaticamente acoplada (sem acréscimo) quer à solução tida como correcta, em parte, (8 pts.) quer à mais elaborada (10 pts.)! Neste cenário, ilibar Nazário do crime e não apontar sequer um culpado, justificando, foram considerados, só por si, factores determinantes na pontuação.

 

© DANIEL FALCÃO